Quando o apóstolo João foi arrebatado ao céu, ele afirmou que “UM TRONO estava posto no céu, e ALGUÉM assentado sobre o trono” ( Ap.4:2 ).
Surge, então, a questão: Quem está assentado neste trono? João diz apenas que “alguém” estava lá. Porém, mais adiante, ele diz que os que estavam “diante do que estava assentado sobre o trono” o adoravam, dizendo: “Digno és, Senhor nosso e Deus nosso de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existem e foram criadas” (vs.10-11).
Logo, quem está assentado no único trono é o único Deus.
Mas Deus não é triúno? Então, qual dos três estava ocupando o trono, na visão do apóstolo? Seria o Pai, o Filho, ou o Espírito Santo?
Tire suas próprias conclusões. Porém, não sem antes ler o que diz Apocalipse 7:17:
“Pois o Cordeiro QUE ESTÁ NO MEIO DO TRONO os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.”
Resta ainda alguma dúvida? É claro que não! É o Cordeiro, isto é, Jesus Cristo, o Deus-Homem, Quem está assentado no Trono do céu.
Ora, se é o Filho que está no trono, onde estará o Pai? A resposta é: no trono. Lembre-se que cada Pessoa da Trindade está inclusa nas outras. Jesus disse que Ele estava no Pai, e o Pai estava nEle. Onde estiver o Filho, ali estará também o Pai e o Espírito Santo.
Já no capítulo 3:21, Ele faz uma maravilhosa promessa dizendo: “Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci, e ME ASSENTEI COM MEU PAI NO SEU TRONO.”
Portanto, o Filho ocupa o mesmo trono que o Pai.
E como se dá isso ?
Geralmente se diz que o Filho está assentado à direita do Pai. Entretanto, precisamos compreender melhor o que significa a expressão “à destra”, tão encontrada nas Escrituras.
Se o céu nos fosse descortinado, não encontraríamos um trono ocupado por duas pessoas, uma ao lado da outra, como se tem imaginado. Vamos encontrar uma única figura ali, a de Jesus Cristo. A expressão “à destra” significa literalmente, na plenitude do poder. Por isso, quando a Bíblia diz que Ele está à destra de Deus, isto significa realmente, que Cristo está na plenitude do Poder Divino. Ele é Deus no pleno exercício de Suas funções, governando e sustentando todas as cousas pela a Palavra do Seu Poder. Em Hebreus 1:3 lemos que “o Filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder. Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas.”
Ora, se é Cristo, o Filho, quem está no trono, onde estaria o Pai ?
Paulo responde a esta pergunta com a seguinte afirmação: “Pois nele (Cristo) habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col.2:9).
Em Cristo está o Pai. Em Cristo está o Espírito Santo. Em Cristo está Deus por inteiro !
Se n'Ele habita toda a plenitude da divindade, não sobra Deus algum fora de Cristo. Em Jesus está o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Em Jesus, o Deus invisível torna-Se visível; o Deus oculto torna-Se reve-lado; o Deus distante torna-Se próximo.
Terminamos este etapa do nosso estudo desejando que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Co. 13: 13) Amém.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
2 - Um Deus Pessoal
É através das Escrituras Sagradas que Deus Se revela tal qual Ele é. Ninguém poderá ter um vislumbre da Pessoa Divina a não ser pela Revelação contida na Bíblia. Ela é a Palavra Autorizada de Deus. Nenhum outro livro tem a sua autoridade. A Escritura, portanto, é o espelho através do qual podemos ver a glória do Senhor (1 Co.13:12).
Neste módulo, vamos dividir o estudo da Pessoa de Deus em duas partes. Na primeira, vamos estudar a Natureza Divina, e na segunda, os Seus atributos.
2.1. A Natureza Divina
Deus é um Ser Triúno. Isto quer dizer que, embora seja Um, também é Trino. Não há três deuses, e sim, apenas um Deus. Não há três tronos, e sim um Trono sobre o qual está assentado o Único e Soberano Deus.
Podemos ler nas Escrituras muitas afirmações como estas:
“Antes de mim, deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá...Não há outro Deus senão eu...Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim.” Isaías 43:10b; 45:21b; 46:9b.
À vista destas afirmações, seria inadmissível a existência de mais de um Deus.
Antes de todas as coisas, Ele já existia. E ao criar o universo, Ele não estava em busca de algo que Lhe pudesse completar, ou suprir-Lhe alguma necessidade. Ele é auto-suficiente; em outras palavras, Ele Se basta. Mesmo ao criar os seres inteligentes, tais como os homens e os anjos, Ele não buscava alguém com quem relacionar-Se, pois Ele mesmo é um Ser Social em Si mesmo. Ele Se relaciona conSigo mesmo. Daí a pluralidade que há em Seu próprio Ser. Se não houvesse pluralidade em Seu Ser, Ele não teria condição de relacionar-Se com alguém, a menos que criasse esse alguém. Logo, Ele não seria auto-suficiente. Portanto, Ele não seria completo, perfeito, nem tão-pouco seria Deus.
Ao criar os seres viventes, Ele os fez para a Sua glória, e não para suprir alguma carência relacional.
A pluralidade do Seu Ser pode ser percebida logo no início da narrativa sagrada. Ali encontramos o Supremo Criador dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn.1:26a).
Alguns dizem que Deus estava Se dirigindo aos Seus anjos nesta passagem. Então, teremos de admitir que os anjos tiveram participação na criação do homem. Portanto, eles seriam nossos co-criadores. E o que dizer da seguinte passagem: “Então disse o Senhor Deus: O homem agora se tornou como UM DE NÓS, conhecendo o bem e o mal...” (Gn.3:22a)?
Fica claro que Deus não estava falando com anjo algum, e sim conSigo mesmo. Afinal, Deus não toma conselho com ninguém, senão conSigo mesmo (Is.40:13-14; Rm. 11:33-34; Ef.1:11).
Alguns afirmam que não há no Antigo Testamento nenhuma prova acerca da pluralidade do Ser Divino. Então, o que dizer desta passagem: “Chegai-vos a mim, e ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez e eu estava ali, e agora o Senhor Deus me enviou, juntamente com o seu Espírito. Assim diz o Senhor” (Is.48:16-17a)?
Repare que quem fala é o Senhor: O Senhor Deus me enviou, diz o Senhor. Neste versículo, encontramos a Pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Pai é o que envia, o Filho é o enviado, e o Espírito Santo procede de ambos.
Outra passagem que nos desperta igual interesse é o Salmo 110:1, onde lemos:
“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.”
Sabemos, por passagens posteriores, que este é um salmo messiânico, pois foi Cristo quem assentou-Se à destra do Pai, Todo-Poderoso. E que tal esta passagem?
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça, e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, O TEU DEUS, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros”.
Hebreus 1:8-9
Se quisermos compreender melhor o mistério da triunidade divina, teremos de lançar mão de algumas analogias.
Nos quadros abaixo, sugerimos algumas analogias apresentadas pela própria Bíblia:
Pai
É - Êx.3:14
Fonte - Jer. 17:
Essência - 1 Tm.1:17
Invisível - 1 Tm.6:15-16
Quem Ama - Jo.3:35
Sol/Fogo - Sl.84:11/Hb.12:29
Filho
Fala - Jo.1:1/Hb.1:2
Rio/Canal - Ez.47:9/Sl.46:4
Expressão - Hb.1:3
Forma Visível - Col.1:15/Fp.2:6
O Amado - Ef.1:6/2 Pe.1:17
Luz - Ap.1:16/Jo.1:9
Espírito Santo
Age - 1 Co.12:11
Água - Jo.7:38-39
Operação - 2 Co.3:18
Poder - At.1:8
Amor - Rm.5:5
Energia/Calor - Col.1:11/Ef.3:7
Podemos ainda sugerir outras analogias práticas acerca da Trindade. O Pai é o Planejador, o Filho é o Locutor, e o Espírito é o Executivo. Na verdade, tanto o Pai, quanto o Filho, e o Espírito Santo, são inclusivos. Isto é, nenhum Deles trabalha só. Suas tarefas são feitas em conjunto.
Todos os títulos dados ao Pai, são compartilhados pelo Filho, e pelo Espírito Santo.
Por exemplo: Tanto o Pai, quanto o Filho são chamados “Senhor dos senhores” (Deut.10:17; Ap.17:14). Ambos são chamados de “Criador”(Ap.4:11; Col.1:16,17).
Já o Espírito Santo também é chamado de:
· Espírito de Cristo - 1 Pe.1:11
· Espírito de Deus - Gn.1:2
· Espírito do Pai - Mt.10:20
· Espírito do Filho - Gl.4:6
· Espírito do Senhor - Is.11:2; 61:1
· Espírito de Jesus - At.16:7; Fp.1:19
· Espírito Eterno - Hb.9:14
· Espírito da Verdade - Jo.16:13
Os títulos que o Espírito recebe é também compartilhado com as demais Pessoas da Divindade. Por exemplo: Tanto o Filho, quanto o Espírito são chamados de Senhor (2 Co.3:17; 1 Co.2:8 ), Verdade (João 14:6; 1 Jo.5:6), Consolador/Advogado ( Jo.14:26; 1 Jo.2:1 ).
Alguns Teólogos destinguem a atuação das Pessoas da Divindade, atribuindo a cada uma delas uma obra específica. Segundo eles, o Pai é o Criador, o Filho é o Redentor, e o Espírito é o Santificador. Porém, todas estas obras envolvem as três manifestações da Divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos ativamente, tanto na criação, quanto na redenção e na santificação.
Por exemplo: Em Hebreus lemos que foi o Espírito Santo quem ofereceu ao Pai o sangue de Cristo para a redenção da humanidade (Hb.9:14).
Até mesmo Cristo recebe o título de “Pai Eterno”(Is.9:6).
Temos que ser cuidadosos para que não caiamos no erro de afirmar que as três Pessoas encontradas na Divindade são exclusivas. Na verdade, tudo que uma é, as outras são. Elas se incluem mutuamente. Sendo uma a síntese das outras.
Afinal, Eles formam um só Deus. Pai + Filho = Espírito Santo.
Jesus afirmou: “Se alguém me amar, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, e VIREMOS para ele e nele faremos morada” ( Jo.14:23 ). Ora, nós sabemos que é o Espírito Santo que habita em nós. Como, pois, Jesus promete que Ele mesmo e o Pai viriam e fariam morada em nós? Simplesmente porque, Ele e o Pai, juntos, são o Espírito Santo. Por isso mesmo, Paulo não hesitava em chamar o Espírito Santo de Espírito do Pai, e Espírito do Filho. É de Paulo a afirmação de que há “um só Espírito”, “um só Senhor”, e “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”( Ef.4:4-6 ). Portanto, quando o Espírito opera, é Jesus quem está operando. Quando Jesus opera, é o próprio Pai quem está operando. Repare nas palavras de Paulo quanto a isso:
“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor ( Jesus ) é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos... Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas...”
I Coríntios 12:4-6,11 .
O Espírito é o mesmo, o Senhor é o mesmo, e Deus é o mesmo. Pai, Filho e Espírito Santo co-existem desde a eternidade, trabalhando juntos, e ocupando o mesmo Trono.
Pai
O próprio Cristo deixou claro este ensinamento, quando disse: “Crede-me quando digo que estou no Pai, e o Pai está em mim; pelo menos crede por causa das mesmas obras” ( Jo.14:11 ).
Portanto, no Pai está o Filho e o Espírito Santo. No Filho, está o Pai e o Espírito. E no Espírito Santo está o Pai e o Filho.
Em 1 João 5:7 lemos: “Pois três são os que dão testemunho no céu: o Pai,a Palavra (Jesus ), e o Espírito Santo; e estes são um.”
Se queremos encontrar o Pai, precisamos ir ao Filho; e somente o Espírito Santo nos revela o Filho ( Jo.14:6-9; Mt.11:27; Ef.1:17; Jo.16:13-14 ).
Logo no início de sua narrativa, João afirma: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou” (Jo.1:18).
Jesus é o Deus Unigênito, isto é, o Deus único. “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col.1:15a).
Quando se olha para o Filho, vê-se o Pai. Jesus disse: “Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai. De agora em diante o conheceis , e o vistes... Quem me vê, vê o Pai” (Jo.14:7,9b).
Neste módulo, vamos dividir o estudo da Pessoa de Deus em duas partes. Na primeira, vamos estudar a Natureza Divina, e na segunda, os Seus atributos.
2.1. A Natureza Divina
Deus é um Ser Triúno. Isto quer dizer que, embora seja Um, também é Trino. Não há três deuses, e sim, apenas um Deus. Não há três tronos, e sim um Trono sobre o qual está assentado o Único e Soberano Deus.
Podemos ler nas Escrituras muitas afirmações como estas:
“Antes de mim, deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá...Não há outro Deus senão eu...Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim.” Isaías 43:10b; 45:21b; 46:9b.
À vista destas afirmações, seria inadmissível a existência de mais de um Deus.
Antes de todas as coisas, Ele já existia. E ao criar o universo, Ele não estava em busca de algo que Lhe pudesse completar, ou suprir-Lhe alguma necessidade. Ele é auto-suficiente; em outras palavras, Ele Se basta. Mesmo ao criar os seres inteligentes, tais como os homens e os anjos, Ele não buscava alguém com quem relacionar-Se, pois Ele mesmo é um Ser Social em Si mesmo. Ele Se relaciona conSigo mesmo. Daí a pluralidade que há em Seu próprio Ser. Se não houvesse pluralidade em Seu Ser, Ele não teria condição de relacionar-Se com alguém, a menos que criasse esse alguém. Logo, Ele não seria auto-suficiente. Portanto, Ele não seria completo, perfeito, nem tão-pouco seria Deus.
Ao criar os seres viventes, Ele os fez para a Sua glória, e não para suprir alguma carência relacional.
A pluralidade do Seu Ser pode ser percebida logo no início da narrativa sagrada. Ali encontramos o Supremo Criador dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn.1:26a).
Alguns dizem que Deus estava Se dirigindo aos Seus anjos nesta passagem. Então, teremos de admitir que os anjos tiveram participação na criação do homem. Portanto, eles seriam nossos co-criadores. E o que dizer da seguinte passagem: “Então disse o Senhor Deus: O homem agora se tornou como UM DE NÓS, conhecendo o bem e o mal...” (Gn.3:22a)?
Fica claro que Deus não estava falando com anjo algum, e sim conSigo mesmo. Afinal, Deus não toma conselho com ninguém, senão conSigo mesmo (Is.40:13-14; Rm. 11:33-34; Ef.1:11).
Alguns afirmam que não há no Antigo Testamento nenhuma prova acerca da pluralidade do Ser Divino. Então, o que dizer desta passagem: “Chegai-vos a mim, e ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez e eu estava ali, e agora o Senhor Deus me enviou, juntamente com o seu Espírito. Assim diz o Senhor” (Is.48:16-17a)?
Repare que quem fala é o Senhor: O Senhor Deus me enviou, diz o Senhor. Neste versículo, encontramos a Pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Pai é o que envia, o Filho é o enviado, e o Espírito Santo procede de ambos.
Outra passagem que nos desperta igual interesse é o Salmo 110:1, onde lemos:
“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.”
Sabemos, por passagens posteriores, que este é um salmo messiânico, pois foi Cristo quem assentou-Se à destra do Pai, Todo-Poderoso. E que tal esta passagem?
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça, e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, O TEU DEUS, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros”.
Hebreus 1:8-9
Se quisermos compreender melhor o mistério da triunidade divina, teremos de lançar mão de algumas analogias.
Nos quadros abaixo, sugerimos algumas analogias apresentadas pela própria Bíblia:
Pai
É - Êx.3:14
Fonte - Jer. 17:
Essência - 1 Tm.1:17
Invisível - 1 Tm.6:15-16
Quem Ama - Jo.3:35
Sol/Fogo - Sl.84:11/Hb.12:29
Filho
Fala - Jo.1:1/Hb.1:2
Rio/Canal - Ez.47:9/Sl.46:4
Expressão - Hb.1:3
Forma Visível - Col.1:15/Fp.2:6
O Amado - Ef.1:6/2 Pe.1:17
Luz - Ap.1:16/Jo.1:9
Espírito Santo
Age - 1 Co.12:11
Água - Jo.7:38-39
Operação - 2 Co.3:18
Poder - At.1:8
Amor - Rm.5:5
Energia/Calor - Col.1:11/Ef.3:7
Podemos ainda sugerir outras analogias práticas acerca da Trindade. O Pai é o Planejador, o Filho é o Locutor, e o Espírito é o Executivo. Na verdade, tanto o Pai, quanto o Filho, e o Espírito Santo, são inclusivos. Isto é, nenhum Deles trabalha só. Suas tarefas são feitas em conjunto.
Todos os títulos dados ao Pai, são compartilhados pelo Filho, e pelo Espírito Santo.
Por exemplo: Tanto o Pai, quanto o Filho são chamados “Senhor dos senhores” (Deut.10:17; Ap.17:14). Ambos são chamados de “Criador”(Ap.4:11; Col.1:16,17).
Já o Espírito Santo também é chamado de:
· Espírito de Cristo - 1 Pe.1:11
· Espírito de Deus - Gn.1:2
· Espírito do Pai - Mt.10:20
· Espírito do Filho - Gl.4:6
· Espírito do Senhor - Is.11:2; 61:1
· Espírito de Jesus - At.16:7; Fp.1:19
· Espírito Eterno - Hb.9:14
· Espírito da Verdade - Jo.16:13
Os títulos que o Espírito recebe é também compartilhado com as demais Pessoas da Divindade. Por exemplo: Tanto o Filho, quanto o Espírito são chamados de Senhor (2 Co.3:17; 1 Co.2:8 ), Verdade (João 14:6; 1 Jo.5:6), Consolador/Advogado ( Jo.14:26; 1 Jo.2:1 ).
Alguns Teólogos destinguem a atuação das Pessoas da Divindade, atribuindo a cada uma delas uma obra específica. Segundo eles, o Pai é o Criador, o Filho é o Redentor, e o Espírito é o Santificador. Porém, todas estas obras envolvem as três manifestações da Divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos ativamente, tanto na criação, quanto na redenção e na santificação.
Por exemplo: Em Hebreus lemos que foi o Espírito Santo quem ofereceu ao Pai o sangue de Cristo para a redenção da humanidade (Hb.9:14).
Até mesmo Cristo recebe o título de “Pai Eterno”(Is.9:6).
Temos que ser cuidadosos para que não caiamos no erro de afirmar que as três Pessoas encontradas na Divindade são exclusivas. Na verdade, tudo que uma é, as outras são. Elas se incluem mutuamente. Sendo uma a síntese das outras.
Afinal, Eles formam um só Deus. Pai + Filho = Espírito Santo.
Jesus afirmou: “Se alguém me amar, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, e VIREMOS para ele e nele faremos morada” ( Jo.14:23 ). Ora, nós sabemos que é o Espírito Santo que habita em nós. Como, pois, Jesus promete que Ele mesmo e o Pai viriam e fariam morada em nós? Simplesmente porque, Ele e o Pai, juntos, são o Espírito Santo. Por isso mesmo, Paulo não hesitava em chamar o Espírito Santo de Espírito do Pai, e Espírito do Filho. É de Paulo a afirmação de que há “um só Espírito”, “um só Senhor”, e “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”( Ef.4:4-6 ). Portanto, quando o Espírito opera, é Jesus quem está operando. Quando Jesus opera, é o próprio Pai quem está operando. Repare nas palavras de Paulo quanto a isso:
“Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor ( Jesus ) é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos... Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas...”
I Coríntios 12:4-6,11 .
O Espírito é o mesmo, o Senhor é o mesmo, e Deus é o mesmo. Pai, Filho e Espírito Santo co-existem desde a eternidade, trabalhando juntos, e ocupando o mesmo Trono.
Pai
O próprio Cristo deixou claro este ensinamento, quando disse: “Crede-me quando digo que estou no Pai, e o Pai está em mim; pelo menos crede por causa das mesmas obras” ( Jo.14:11 ).
Portanto, no Pai está o Filho e o Espírito Santo. No Filho, está o Pai e o Espírito. E no Espírito Santo está o Pai e o Filho.
Em 1 João 5:7 lemos: “Pois três são os que dão testemunho no céu: o Pai,a Palavra (Jesus ), e o Espírito Santo; e estes são um.”
Se queremos encontrar o Pai, precisamos ir ao Filho; e somente o Espírito Santo nos revela o Filho ( Jo.14:6-9; Mt.11:27; Ef.1:17; Jo.16:13-14 ).
Logo no início de sua narrativa, João afirma: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou” (Jo.1:18).
Jesus é o Deus Unigênito, isto é, o Deus único. “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col.1:15a).
Quando se olha para o Filho, vê-se o Pai. Jesus disse: “Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai. De agora em diante o conheceis , e o vistes... Quem me vê, vê o Pai” (Jo.14:7,9b).
1 - O que é Doutrina?
Por causa da confusão que se faz em torno deste tema, muitos nutrem verdadeira ojeriza a ele. A palavra "doutrina" tornou-se sinônimo de opressão, legalismo, regulamentos. Precisamos resgatar seu sentido original.
O apóstolo Paulo advertiu a Timóteo que “haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” ( 2 Tm.4:3-4 ). São estes acerca dos quais “o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” ( 1 Tm.4:1 ).
A preocupação de Paulo deveria ser a nossa preocupação hoje, pois momentos de transição como o que estamos vivendo são sempre propícios à “enxurradas” de falsas doutrinas, como já temos visto em alguns círculos. E para combatermos às falsas doutrinas, não há alternativa senão apresentar a verdadeira doutrina de Cristo.
De nada adianta nos omitir, evitando o assunto. Ensinar a Sã Doutrina deve ser atividade prioritária daqueles a quem Deus confiou o Seu rebanho.
Despedindo-se da igreja em Éfeso, Paulo reuniu os seus bispos e declarou: “Mas em nada tenho a minha vida preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Agora, na verdade, sei que nenhum de vós, entre os quais passei pregando o reino de Deus, jamais tornará a ver o meu rosto. Portanto, hoje vos declaro que estou inocente do sangue de todos. Pois nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” Até aqui, Paulo prestava um breve relatório daquilo que ele havia procurado realizar entre os efésios, e se declara “inocente”, isto é, sua consciência estava tranqüila quanto ao cumprimento do seu dever. Quantos pastores, ao deixar o púlpito de sua igreja, experimentam esta sensação de “missão cumprida”? Será que tem-se pregado “todo o conselho de Deus”? Ou será que tem-se evitado alguma doutrina que parece não atender aos interesses de alguns ministérios ?
Será que a igreja deste começo de milênio tem mais pregadores dos Conselhos de Deus, ou pregadores de fábulas? Repare bem no conselho que Paulo deixa para aqueles bispos efésios:
“Olhai por vós, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho. E que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas para atrair os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre os que são santificados.”
ATOS 20:24-32 .
Estes lobos cruéis já há muito se infiltraram na igreja. São homens que tudo quanto fazem tem como objetivo atrair as pessoas para si mesmos, e não para Cristo.
Mateus encerra sua narração acerca da vida terrena de Cristo da se-guinte forma: “Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulo de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas coisas que eu vos tenho mandado. E cer-tamente estou convosco todos os dias, até a consumação do século.” (Mt. 28:18-20).
A ordem de Cristo é ensinar. Não basta pregar, curar, falar em línguas, batizar. É preciso ensinar!
Se negligenciarmos isso, seremos fortes candidatos a sermos “levados ao redor por todo vento de doutrina”( Ef.4:14 ).
Hoje, a igreja parece mais preo-cupada em “buscar poder”, isto é, buscar as manifestações dos dons espirituais. Se queremos de fato ser poderosos, não podemos dispensar a doutrina de Cristo. Paulo diz que o bispo ( e por que não o cristão comum? ) “deve reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso...” (Tt. 1:9a).
Muito do que se tem ensinado ao povo de Deus está completamente fora dos ensinos escriturísticos e do padrão da sã doutrina.
Até revelações extrabíblicas têm surgido no seio da igreja. Note como Paulo adverte aos Coríntios acerca disso:
“Ora, irmãos, apliquei estas coisas figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós, para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.”
I CORÍNTIOS 4:6 .
Eis o que as igrejas precisam aprender urgentemente: Não ir além do que está escrito!
Alguns ensinos são antibíblicos, e esses são facilmente reconhecidos. Mas tudo o que é extrabíblico é mais fácil de ser aceito no arraial evangélico. Antibíblico é todo ensino que opõe-se explicitamente à doutrina cristã. Extra-bíblico é aquele ensino que, aparentemente não encontra nada que lhe possa opor-se dentro das Sagradas Escrituras. Não há nada contra, mas também não há nada a favor. Este tipo de ensino é mais perigoso, pois adentra sorrateiramente em nosso meio.
Boa parte daquilo que se ensina em alguns círculos evangélicos é fruto das tradições her-dadas do catolicismo, e do sincretismo popular. Não são poucas as pessoas que se convertem ao cristianismo, mas trazem consigo costumes e elementos da sua antiga religião. Essas pessoas precisam ser ensinadas com amor para que deixem suas tradições e abracem o Evangelho em toda a sua pureza.
Só seremos considerados bons ministros se tomarmos o exemplo de Paulo, desmascarando os falsos mestres e denunciando suas falsas doutrinas. Paulo diz a Timóteo: “Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas...Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação... Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (1 Tm.4:6-7a,9,13).
Veja que Paulo enfatiza que a Palavra é digna de toda aceitação.
É preocupante ver alguns líderes que acham que devem escolher aquilo que o povo deve ou está preparado pra saber. Para eles, há mensagens que, embora corretas e inspiradas, não são convenientes. Será que esses homens podem dizer o que Paulo falou em sua despedida dos efésios (At.20:24-32)?
Será que há alguma doutrina nas Escrituras que Deus não queira que seja ensinada. Então, por que está lá? Qual a sua utilidade?
Paulo afirma que “tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm. 15:4).
Só seremos bons ministros quando usarmos de ousadia e ensinarmos a Sua doutrina.
Somente assim, sendo fiéis à nossa vocação, seremos considerados “como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” ( 1 Co.4:1-2 ).
Estes mistérios de Deus são revelados a igreja através dos ministros, tomando um corpo sistematizado, a que chamamos de doutrina.
Doutrina, entretanto, não diz respeito a um código de conduta, ou regras estabelecidas para refrear e estreitar a liberdade.
A palavra “doutrina” é traduzida do grego didaquê que quer dizer ensino, instrução. Podemos definir doutrina como sendo o conjunto das verdades fundamentais da Bíblia. Por exemplo: arrependimento, ressurreição, justifica-ção pela fé, salvação pela graça, são doutrinas cristãs autênticas. Já a reencarnação, a salvação pelas obras, o karma, são doutrinas advindas do espiritismo.
Esperamos que estes estudos venham elucidar muitas questões, denunciando o erro e apresentando a eterna doutrina de Cristo.
Que o apelo de Deus possa sensibilizar a todos os que O amam:
“Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei, e a terra ouça as palavras da minha boca. goteje a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva, e como gotas de água sobre a relva.”
DEUTERONÔMIO 32:1,2 .
Que cada capítulo deste estudo possa ser uma gota desta doutrina maravilhosa.
Amém.
O apóstolo Paulo advertiu a Timóteo que “haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” ( 2 Tm.4:3-4 ). São estes acerca dos quais “o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” ( 1 Tm.4:1 ).
A preocupação de Paulo deveria ser a nossa preocupação hoje, pois momentos de transição como o que estamos vivendo são sempre propícios à “enxurradas” de falsas doutrinas, como já temos visto em alguns círculos. E para combatermos às falsas doutrinas, não há alternativa senão apresentar a verdadeira doutrina de Cristo.
De nada adianta nos omitir, evitando o assunto. Ensinar a Sã Doutrina deve ser atividade prioritária daqueles a quem Deus confiou o Seu rebanho.
Despedindo-se da igreja em Éfeso, Paulo reuniu os seus bispos e declarou: “Mas em nada tenho a minha vida preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Agora, na verdade, sei que nenhum de vós, entre os quais passei pregando o reino de Deus, jamais tornará a ver o meu rosto. Portanto, hoje vos declaro que estou inocente do sangue de todos. Pois nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.” Até aqui, Paulo prestava um breve relatório daquilo que ele havia procurado realizar entre os efésios, e se declara “inocente”, isto é, sua consciência estava tranqüila quanto ao cumprimento do seu dever. Quantos pastores, ao deixar o púlpito de sua igreja, experimentam esta sensação de “missão cumprida”? Será que tem-se pregado “todo o conselho de Deus”? Ou será que tem-se evitado alguma doutrina que parece não atender aos interesses de alguns ministérios ?
Será que a igreja deste começo de milênio tem mais pregadores dos Conselhos de Deus, ou pregadores de fábulas? Repare bem no conselho que Paulo deixa para aqueles bispos efésios:
“Olhai por vós, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho. E que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas para atrair os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos não cessei noite e dia de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre os que são santificados.”
ATOS 20:24-32 .
Estes lobos cruéis já há muito se infiltraram na igreja. São homens que tudo quanto fazem tem como objetivo atrair as pessoas para si mesmos, e não para Cristo.
Mateus encerra sua narração acerca da vida terrena de Cristo da se-guinte forma: “Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulo de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas coisas que eu vos tenho mandado. E cer-tamente estou convosco todos os dias, até a consumação do século.” (Mt. 28:18-20).
A ordem de Cristo é ensinar. Não basta pregar, curar, falar em línguas, batizar. É preciso ensinar!
Se negligenciarmos isso, seremos fortes candidatos a sermos “levados ao redor por todo vento de doutrina”( Ef.4:14 ).
Hoje, a igreja parece mais preo-cupada em “buscar poder”, isto é, buscar as manifestações dos dons espirituais. Se queremos de fato ser poderosos, não podemos dispensar a doutrina de Cristo. Paulo diz que o bispo ( e por que não o cristão comum? ) “deve reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso...” (Tt. 1:9a).
Muito do que se tem ensinado ao povo de Deus está completamente fora dos ensinos escriturísticos e do padrão da sã doutrina.
Até revelações extrabíblicas têm surgido no seio da igreja. Note como Paulo adverte aos Coríntios acerca disso:
“Ora, irmãos, apliquei estas coisas figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós, para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.”
I CORÍNTIOS 4:6 .
Eis o que as igrejas precisam aprender urgentemente: Não ir além do que está escrito!
Alguns ensinos são antibíblicos, e esses são facilmente reconhecidos. Mas tudo o que é extrabíblico é mais fácil de ser aceito no arraial evangélico. Antibíblico é todo ensino que opõe-se explicitamente à doutrina cristã. Extra-bíblico é aquele ensino que, aparentemente não encontra nada que lhe possa opor-se dentro das Sagradas Escrituras. Não há nada contra, mas também não há nada a favor. Este tipo de ensino é mais perigoso, pois adentra sorrateiramente em nosso meio.
Boa parte daquilo que se ensina em alguns círculos evangélicos é fruto das tradições her-dadas do catolicismo, e do sincretismo popular. Não são poucas as pessoas que se convertem ao cristianismo, mas trazem consigo costumes e elementos da sua antiga religião. Essas pessoas precisam ser ensinadas com amor para que deixem suas tradições e abracem o Evangelho em toda a sua pureza.
Só seremos considerados bons ministros se tomarmos o exemplo de Paulo, desmascarando os falsos mestres e denunciando suas falsas doutrinas. Paulo diz a Timóteo: “Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas...Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação... Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (1 Tm.4:6-7a,9,13).
Veja que Paulo enfatiza que a Palavra é digna de toda aceitação.
É preocupante ver alguns líderes que acham que devem escolher aquilo que o povo deve ou está preparado pra saber. Para eles, há mensagens que, embora corretas e inspiradas, não são convenientes. Será que esses homens podem dizer o que Paulo falou em sua despedida dos efésios (At.20:24-32)?
Será que há alguma doutrina nas Escrituras que Deus não queira que seja ensinada. Então, por que está lá? Qual a sua utilidade?
Paulo afirma que “tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm. 15:4).
Só seremos bons ministros quando usarmos de ousadia e ensinarmos a Sua doutrina.
Somente assim, sendo fiéis à nossa vocação, seremos considerados “como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” ( 1 Co.4:1-2 ).
Estes mistérios de Deus são revelados a igreja através dos ministros, tomando um corpo sistematizado, a que chamamos de doutrina.
Doutrina, entretanto, não diz respeito a um código de conduta, ou regras estabelecidas para refrear e estreitar a liberdade.
A palavra “doutrina” é traduzida do grego didaquê que quer dizer ensino, instrução. Podemos definir doutrina como sendo o conjunto das verdades fundamentais da Bíblia. Por exemplo: arrependimento, ressurreição, justifica-ção pela fé, salvação pela graça, são doutrinas cristãs autênticas. Já a reencarnação, a salvação pelas obras, o karma, são doutrinas advindas do espiritismo.
Esperamos que estes estudos venham elucidar muitas questões, denunciando o erro e apresentando a eterna doutrina de Cristo.
Que o apelo de Deus possa sensibilizar a todos os que O amam:
“Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei, e a terra ouça as palavras da minha boca. goteje a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva, e como gotas de água sobre a relva.”
DEUTERONÔMIO 32:1,2 .
Que cada capítulo deste estudo possa ser uma gota desta doutrina maravilhosa.
Amém.
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